domingo, 29 de julho de 2012

Espetáculo OS BAIXA RENDA




Dia 10 de agosto, sexta, às 20h, na Associação dos Moradores da Vila Elizabeth e Parque/AMVEP (Rua 21 de Abril, 792)

O espetáculo "Os Baixa Renda" é a comédia escolhida para a comemoração dos oito anos de atividades da Associação Cultural FACES. Após experiências pelo viés cômico em espetáculos como: "Auto de Natal Bem Brasileiro", "Pluft", "Por Ralo Abaixo", "Os Imbromáveis" e "Maria Minhoca", chegou a vez do Grupo Faces se aventurar pelo universo de personagens mais populares. Investigando o trabalho do ator e aspectos cômicos presentes no dia a dia, em especial, daqueles que vivem na informalidade, surge através de experimentos de improvisação a criação de um texto coletivo para conduzir o espetáculo. Assim, foi concebido "Os Baixa Renda", que é fruto do projeto “Faces de Pau”, financiado pelo Fundo Municipal de Incentivo à Produção Artístico Cultural e Prefeitura Municipal de Charqueadas.

FICHA TÉCNICA
Direção: Rodrigo Ruiz
Dramaturgia: Grupo Faces
Figurinos: Eduardo Arruda
Cenário: Gustavo Teixeira e Rodrigo Ruiz
Trilha Sonora: Gustavo Teixeira e Jean Netto
Iluminação: Rodrigo Ruiz
Maquiagem: Grupo Faces
Elenco: Iara Elisa, Jean Netto, Gustavo Teixeira, Eduardo Arruda e Rodrigo Ruiz

Associação Cultural Faces (Charqueadas/RS)




A Associação Cultural Faces foi fundada em 2004, tendo como princípio à popularização do teatro, o resgate da infância saudável, lúdica e fantástica, sem perder os valores reais. Seus objetivos principais são: oportunizar maior acesso ao teatro, levando bons espetáculos à uma cidade onde não existe teatro; divulgar o trabalho produzido em Charqueadas, através da participação em mostras e festivais; interagir e incentivar outros grupos teatrais; socializar conhecimentos na comunidade em que estamos inseridos; propor alternativas de eventos culturais ao município.

Espetáculo As façanhas de Aristão, o desafortunado




Dia 13 de agosto, segunda, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)

Com o pano de fundo histórico da conquista da Pérsia pelo exército de Alexandre, o Grupo de Teatro Noscego apresenta “As façanhas de Aristão, o desafortunado”: As aventuras e desventuras de um pobre homem, que gastou oito décimos da vida roubando para sobreviver e sendo perseguido, um décimo trabalhando honestamente, e menos de um décimo vivendo como um rei, para morrer como um.


FICHA TÉCNICA
Atuação:
Sidnei Pereira de Oliveira
Texto e direção: Jocemar de Quadros Chagas
Música: Marcus Ireno Miks de Ávila
Cenário, Figurino, Iluminação e Maquiagem: O grupo
Operadores de som e luz: Piero Lunelli e Tiago Goi da Silva

Grupo de Teatro Noscego (Carazinho/RS)




Surgiu em 1998, ligado ao Campus Carazinho da Universidade de Passo Fundo – UPF, por iniciativa de alunos, e amparado institucionalmente pelo prof. Remi João Rigo. De 1998 a 2004, realizou montagens de diversas peças, entre elas: “Quem casa, quer casa”, de Martins Pena; “Bailei na curva”, de Júlio Conte; “Senhorita Júlia”, de August Strindberg; “Strovengha”, de Jocemar de Quadros Chagas; e “De perto, ninguém é normal”, criação coletiva do grupo, com as quais apresentou-se em diversas cidades gaúchas, e conquistou inúmeros prêmios em festivais de abrangência estadual. 

Teve seu vínculo com a Universidade de Passo Fundo encerrado em 2003, e desde então tem oferecido oficinas esporádicas de teatro e realizado pequenas esquetes e intervenções cênicas na comunidade em que está inserido. Em 2009 iniciou a montagem da peça “As façanhas de Aristão, o desafortunado”, tendo chamado seu autor, Jocemar de Quadros Chagas, atualmente residente em Ponta Grossa – PR, para dirigi-la.

Oficina Livre de Teatro da Cidade de Canoas




A oficina faz parte do projeto Ponto de Cultura: “A Capoeira e o Teatro Como Instrumentos de Inclusão Social” e é orientada pela atuadora Paula Carvalho da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz.

Exercício cênico BATE ASAS, BATE

Dia 13 de agosto, segunda, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186) 

“Bate Asas, Bate” é uma esquete teatral da jornalista e dramaturga Isis Baião, com a Oficina Livre de Teatro da cidade de Canoas.
O exercício cênico “Bate Asas, Bate” conta a história de Tião, um brasileiro, suburbano, pai de família que ganha a vida vendendo cafezinho pelas ruas da cidade. Sua rotina é bruscamente alterada quando, ao entrar em uma agência de publicidade para vender o seu café, é convidado para gravar um comercial, onde ele, um homem do povo, vence na vida e compra a sua tão sonhada casa própria. A partir deste fato, sua vida vira uma confusão. Tião passa a ser reconhecido nas ruas como o “moço da casa própria”, mas sua família continua passando fome.
Oficinandos: Aline Busanello, Franklin Schwertz, Giovane Nunes, Artur Gaudenzi, Lizy Novo, Bruno Fanfa, Tamires Souza, Joise Pirolli, Janete Costa, Lucas Gheller, Lara Gheller, Sirlandia Gheller, Eduarda Gheller, Susi Michele, Raquel Amsberg, Bruno Prandini, Thaynan Kraetzig e Huelling Ossuna

Oficina Popular de Teatro do Bairro São Geraldo


Desde 2009, quando a Terreira da Tribo mudou-se para o São Geraldo, o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve no bairro um trabalho de implementação de um núcleo teatral.

Exercício Cênico QUANTO CUSTA O FERRO?

Dia 14 de agosto, terça, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)  
 
Quanto Custa o Ferro? conta num estilo burlesco uma estória de terror e ameaça, estudo de Bertolt Brecht sobre como o nazismo anexou territórios através da invasão e do massacre, como assinou tratados de paz e cooperação com a mesma freqüência que os rompeu, como a passividade e o medo dos governos dos países europeus representados na peça (Suécia, Áustria, Tchecoslováquia, França e Inglaterra) tinham motivações de ordem econômica, como a neutralidade e a política de não-intervenção escondiam a hipocrisia do “salve-se quem puder”, que deixou abertas as portas para a penetração sangrenta das tropas fascistas.
Oficinandos: Aldrey, Fabrício Miranda, Daniel Steil, Luana da Rocha, Pedro Rosauro, Ketty Velho e Márcio Leandro.

Oficina Popular de Teatro do Bairro Belém Velho




Desde 2008 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve a Oficina Popular de Teatro no Bairro Belém Velho, inicialmente na ASCOBEV (Associação Comunitária do Bairro Belém Velho) e depois no Amparo Santa Cruz. A partir de 2011, volta a acontecer novamente na ASCOBEV. Neste período, realizou os exercícios Bogderkhan (a partir do texto De Nada, Nada Virá de Bertolt Brecht) e Auto dos 99% (do Centro Popular de Cultura da UNE).

Exercício cênico O Mal-entendido

Dia 9 de agosto, quinta, às 20h, no CTG Estância da Figueira no Bairro Belém Velho (Av. Doutor Vergara, 5358) 
Dia 14 de agosto, terça, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)  
 
Depois de viver vinte anos em um país estrangeiro, um homem decide voltar ao seu país e resgatar sua identidade. Sua mãe e sua irmã não o reconhecem e a sequência culmina, por conta de um mal-entendido, no seu assassinato. O Mal-entendido é uma tragédia moderna escrita por Albert Camus nas montanhas da França ocupada pelo terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial. Encontra eco na atualidade em temas como a busca pelo pertencimento, a não-violência e a comunicação difícil entre pessoas aparentemente próximas.
Sobre a peça, Camus afirma: “Um filho que deseja ser reconhecido sem ter que dizer seu nome e que, em consequência de um mal-entendido, é assassinado pela própria mãe e pela própria irmã – eis o tema da peça. Evidentemente, este tema trai uma concepção extremamente pessimista da condição humana, mas que pode perfeitamente ser conciliada com um relativo otimismo quanto ao Homem. Pois este tema, ao fundo, quer também dizer que tudo teria sido diferente se o filho tivesse dito: ‘Aqui estou, este é meu nome’; e que, num momento injusto ou indiferente, o homem pode salvar-se e salvar aos seus semelhantes, se não se afastar da mais simples sinceridade e se souber encontrar a palavra exata.”
Oficinandos: Antonio Neto, Joseane Marcílio e Sandra Steil.

Oficina Popular de Teatro do Bairro Bom Jesus




Desde 2004 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve um trabalho de implementação de um foco teatral no bairro Bom Jesus, tendo percorrido diversos espaços. No entanto, foi no Centro de Educação Ambiental da Vila Pinto que a Tribo encontrou parceiros atentos ao projeto. Neste tempo, realizou os exercícios A Última Instância, A Comédia do Trabalho e A Questão da Terra, além de paradas de rua pela Vila Pinto e experimentos de Teatro de Rua.


Exercício cênico YERMA

Dia 9 de agosto, quinta, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)
Dias 14 e 15 de agosto, terça e quarta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental - CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom Jesus 
 
Yerma foi escrita por Federico García Lorca (1898-1936) em 1934 e apresentada pela primeira vez no mesmo ano. É uma obra popular de caráter trágico, ambientada em Andaluzia, no início do século XX. Conta a história de um casal que segue, segundo as tradições de sua comunidade, as prescrições cotidianas do casamento – o homem empenha-se no trabalho junto ao gado e no cuidado com a terra, a mulher cuida da casa e do bem-estar do marido. Yerma deseja, como única condição de felicidade, ter um filho; no entanto, o tempo passa, a gravidez não vem e o desejo de outrora vai dando lugar à frustração. Mais do que a questão da esterilidade ou da maternidade frustrada, o que está superiormente expresso em termos poéticos e simbólicos em Yerma é a tragédia de todos os que não conseguem realizar a sua plenitude vital ou que veem definhar o seu potencial criativo, em razão da ignorância, do preconceito, da repressão ou das forças desencontradas do destino.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison Burgedurf, Leticia Virtuoso, Lika Farias e Paula Carvalho



Exercício cênico A Comédia do Trabalho

Dia 16 de agosto, quinta, às 20h, no Centro de Educação Ambiental - CEA/Reciclagem (Av. Joaquim Porto Villanova,143) na Vila Pinto no bairro Bom Jesus 

Em Tropélia, dominada por políticos canalhas e uma elite gananciosa, o povo está sujeito a todo tipo de abuso. Os poderosos são insaciáveis e nada fazem pela nação. Buscam apenas, com a ajuda de experts estrangeiros, armar esquemas que lhes permitam explorar mais e melhor os tropelianos. Léo e Créo, gêmeos banqueiros que devem bilhões de bagos (moeda local), ganham, para sair do sufoco, a conivência do governo corrupto, que enfiou o país em uma recessão aguda e causou o desemprego de milhões de pessoas. Núlio, trabalhador demitido, vai suicidar-se, atirando-se do alto do banco onde trabalhou por toda a vida. O suicídio vira uma comoção nacional.
Oficinandos: Alex Pantera, Geison Burgedurf, Alessandro Muller, Lika Farias, Paula Carvalho e Leticia Virtuoso.

Projeto Teatro Como Instrumento de Discussão Social



A ação Teatro Como Instrumento de Discussão Social desenvolve Oficinas Populares de Teatro em seis bairros de Porto Alegre. Têm como objetivo a organização de grupos culturais nos bairros. A proposta de trabalho teatral segue os fundamentos principais da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, que visa a formação de atores-cidadãos com a necessária qualificação para estar a serviço da construção de uma sociedade mais justa e solidária.

OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO HUMAITÁ

OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO BOM JESUS

OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO RESTINGA

Oficina Popular de Teatro no Bairro Belém Velho

OFICINA POPULAR DO BAIRRO SÃO GERALDO

OFICINA POPULAR DE TEATRO DO BAIRRO SARANDI





Oficina Popular de Teatro do Bairro Humaitá



Desde 2003 o Ói Nóis Aqui Traveiz desenvolve a Oficina Popular de Teatro no Grêmio Esportivo Ferroviário – Ferrinho, no bairro Humaitá. O trabalho no período de 2003 a 2006 originou a criação do Grupo Trilho. No período de 2007 a 2008 a oficina criou o exercício cênico A Saga de Galatéa baseado no texto Borandá – Auto do Migrante de Luís Alberto de Abreu.


Exercício cênico O MERCADO DO GOZO
 Dia 7 de agosto, terça, às 20h, no Centro Cultural Esportivo Ferroviário/G.E. Ferrinho (Av. Dona Teodora 1250) - Bairro Humaitá 
Dia 10 de agosto, sexta, às 20 horas, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)

Em O Mercado do Gozo, de autoria de Sérgio de Carvalho e da Cia do Latão, encontramos o ambiente de acirramento das tensões sociais no Brasil de 1917. O pano de fundo é composto pelos movimentos operários e pelo avanço da massificação mercantil. No primeiro plano, a crise vivenciada pelo herdeiro da tecelagem Burgó, arredio a ocupar o cargo de seu falecido pai frente à fábrica, leva-o a mergulhar no universo dos bordéis e das drogas.

Oficinandos: Eugênio Barboza, Glaudinei Veber, Jacques Borges, Leila Carvalho, Mayura Matos e Paola Mallmann. 

Oficina Para Formação de Atores


Desenvolvida pela Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo, a oficina é composta por aulas diárias, teóricas e práticas, com duração de dezoito meses. Busca através da construção do conhecimento favorecer a emergência do artista competente não apenas no desempenho de seu ofício, mas também preocupado no seu desenvolvimento como cidadão. Já formou seis turmas de novos atores nos períodos de 2000/01, 2002/03, 2004/05 e 2005/06, 2007/08 e 2009/10.


Exercício Cênico QUANTO CUSTA O FERRO?

Realizado pela Oficina para Formação de Atores da Escola de Teatro Popular da Terreira da Tribo na disciplina de Interpretação A.

A expansão territorial do nazismo, analisada sob diversos ângulos, é o tema central de Quanto Custa o Ferro?, escrita por Bertolt Brecht na Escandinávia na primavera de 1939. A peça conta num estilo burlesco uma estória de terror e ameaça, estudo de como o nazismo anexou territórios através da invasão e do massacre, como assinou tratados de paz e cooperação com a mesma frequência que os rompeu, como a passividade e o medo dos governos dos países europeus representados na peça (Suécia, Áustria, Tchecoslováquia, França e Inglaterra) tinham motivações de ordem econômica, como a neutralidade e a política de não-intervenção escondia a hipocrisia do “salve-se quem puder”, que deixou abertas as portas para a penetração sangrenta das tropas fascistas. A peça foi encenada pela primeira vez em Estocolmo por jovens atores operários; Brecht assinou a peça com o pseudônimo de John Kent.


Dia 9 de agosto, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186) 

Oficinandos: Carlos Eduardo de Oliveira Arruda, Felipe Fiorenza Nunes, Rochelle Luiza da Silveira, Edilene Cosmes de Oliveira, Madalenna Leandra Alves Martins e Aramis Dalisio Freire Model


Dia 15 de agosto, às 20h, na Terreira da Tribo (Rua Santos Dumont, 1186)

Oficinandos: Thales Rangel, Gabriel Fraga, Antonio Fernandes Neto, Christina Varani F. Pereira, Pâmella Priscilla Rosa Rodrigues e Laercio Giovanni Santos Oliveira

Espetáculo O AMARGO SANTO DA PURIFICAÇÃO




Dia 12 de agosto , domingo, às 15h,  na Praça Lampadosa no bairro Sarandi

Para este trabalho de pesquisa de Teatro de Rua a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz escolheu a história do revolucionário brasileiro Carlos Marighella, que viveu e morreu durante períodos críticos da história contemporânea do nosso país, sendo protagonista na luta contra as ditaduras do Estado Novo e do Regime Militar. O Amargo Santo da Purificação é uma visão alegórica e barroca da vida, paixão e morte do revolucionário Carlos Marighella.

A dramaturgia elaborada pela Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz parte dos poemas escritos por Carlos Marighella que transformados em canções são o fio condutor da narrativa. Utilizando a plasticidade das máscaras, de elementos da cultura afro-brasileira e figurinos com fortes signos, a encenação cria uma fusão do ritual com o teatro dança. Através de uma estética “glauberiana”, o Ói Nóis Aqui Traveiz traz para as ruas da cidade uma abordagem épica das aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro.

FICHA TÉCNICA
Encenação Coletiva da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Dramaturgia criada coletivamente a partir dos Poemas de Carlos Marighella
Roteiro, sonoplastia, figurinos, máscaras, adereços e elementos cenográficos: Criação Coletiva
Músicas: Johann Alex de Souza
Atuadores: Paulo Flores, Tânia Farias, Clélio Cardoso, Marta Haas, Edgar Alves, Roberto Corbo, Sandra Steil, Paula Carvalho, Eugênio Barboza, Jorge Gil, Alex Pantera, Karina Sieben, Aline Ferraz, Letícia Virtuoso, Pascal Berten, Geison Burgedurf, Paola Mallmann, Mayura Matos, Denise Souza, André de Jesus, Luana da Rocha, Leila Carvalho, Renan Leandro, Alessandro Müller e Daniel Steil.

Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz



A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978 com uma proposta de renovação radical da linguagem cênica. Durante esses anos criou uma estética pessoal, fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator. Não se limitando à sala de espetáculos, desenvolveu uma linguagem própria de teatro de rua, além de trabalhos artístico-pedagógicos junto à comunidade local. Abriu um novo espaço para a pesquisa cênica - a Terreira da Tribo de Atuadores Ói NÓis Aqui Traveiz, que funciona como Escola de Teatro Popular, oferecendo diversas oficinas abertas e gratuitas para a população.

A organização da Tribo é baseada no trabalho coletivo, tanto na produção das atividades teatrais, como na manutenção do espaço. O Ói Nóis Aqui Traveiz segue uma evolução contínua e constitui um processo aberto para novos participantes. Para a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz o teatro é instrumento de desvelamento e análise da realidade; a sua função é social: contribuir para o conhecimento dos homens e ao aprimoramento da sua condição. Num mundo marcado pela exclusão, marginalização, pela homogeneização, pelo pensamento único, enfim, pela desumanização e pela barbárie, cada vez mais é vital e necessário denunciar a injustiça, as vendas de opinião, o autoritarismo, a mediocridade e a falta de memória.   

Esta é a defesa que o Ói Nóis faz: o teatro como resistência e manutenção de valores fundamentais que diferenciam uns de outros: a solidariedade, a honestidade pessoal e a liberdade. Fazendo um teatro a serviço da arte e da política, que não se enquadra nos padrões da ética e da estética de mercado. O teatro como um modo de vida e veículo de ideias: um teatro que não comenta a vida, mas participa dela!


 

Painel “América Latina e o Teatro Político"



Painel “América Latina e o Teatro Político” 
Dia 8 de agosto, às 20h, na Terreira da Tribo 
(Rua Santos Dumont, 1186)

Com a participação de Jorge Blandón da Corporación Cultural Nuestra Gente da Colômbia (Colômbia), Caco Coelho (Porto Alegre), Periplo Compañía Teatral (Argentina), Grupo Pombas Urbanas (São Paulo) e a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre).


Jorge Blandón – Corporación Cultural Nuestra Gente da Colômbia
Ator, Diretor de teatro, Gestor, Produtor Cultural, Mestre em Artes Dramáticas (Universidad de Antioquia). É membro fundador da Corporación Cultural Nuestra Gente da Colômbia. O grupo é uma organização de base, que nasce em 1987, animada pela necessidade de unir esforços de jovens da zona Nordeste de Medellín para mostrar o lado positivo de nossos bairros e que desta forma a arte e a cultura estejam próximas de seus habitantes. Durante estes 25 anos desenvolveu um processo permanente de formação e capacitação inspirado na arte e na cultura como ferramentas para o trabalho comunitário, humano e artístico, entendendo este como uma opção de vida de meninas, meninos, jovens, adultos, mulheres e homens.

Caco Coelho
Escritor, produtor, pesquisador e diretor de teatro. Trabalha há mais de 30 anos com arte. Começou participando de Festivais de Música. Foi parceiro de Luiz Coronel, Glauco Saraiva, Glênio Fagundes. No Rio de Janeiro, trabalhou no governo de Leonel Brizola. Na televisão, dirigiu 300 capítulos de novela, ao lado de Roberto Talma, Roberto Farias, Fabio Sabag. Produziu no Rio de Janeiro e São Paulo 30 espetáculos. Trabalhou com Antônio Abujamra, José Celso Martinez Corrêa, Gerald Thomas. Criou as Companhias Fodidos Privilegiados e Circo de Estudos Dramáticos e participou da inauguração do Teatro Oficina. Dirigiu mais de 10 espetáculos, entre eles, A Tempestade de Shakespeare e Vestido de Noiva de Nelson Rodrigues. Editou 8 livros de Nelson Rodrigues, resultado de sua pesquisa O Baú de Nelson Rodrigues. Atualmente, dirige a Usina do Gasômetro.

Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz
Surgiu em 1978 com uma proposta de renovação radical da linguagem cênica. Durante esses anos criou uma estética pessoal, fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator. Não se limitando à sala de espetáculos, desenvolveu uma linguagem própria de teatro de rua, além de trabalhos artístico-pedagógicos junto à comunidade local. Abriu um novo espaço para a pesquisa cênica – a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que funciona como Escola de Teatro Popular, oferecendo diversas oficinas abertas e gratuitas para a população.

Grupo Pombas Urbanas 
Nasceu em 1989 a partir do projeto “Semear Asas”, concebido pelo diretor Lino Rojas com objetivo de formar atores e técnicos para o teatro com jovens de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo. Com seu fazer teatral, o grupo busca reconhecer e expressar sua cidade e seu tempo. O processo de formação de atores desenvolvido pelo grupo parte do reconhecimento do ator sobre seu corpo e seus movimentos, da compreensão de suas histórias, suas raízes étnicas e culturais e do meio em que vive para desenvolver sua expressividade cênica. Com este processo, o grupo pesquisou de distintas maneiras a cidade de São Paulo, criou e montou seu repertório de 12 espetáculos de diferentes linguagens: de teatro de rua, para palco, público infantil, jovem e adulto.

Espetáculo MINGAU DE CONCRETO




Dia 9 de agosto, às 12h no Paço Municipal
Dia 11 de agosto, às 15h no Parque Mascarenhas de Moraes - Bairro Humaitá  

O Mingau de Concreto surgiu a partir do contato cotidiano entre os membros do Pombas Urbanas e o espaço poluído, ruidoso e imundo das ruas do centro de São Paulo, cidade de origem do grupo. Em cena facilmente se reconhecem os personagens desse submundo, que não deixa de ser fértil e colorido: um mingau de estilhaços da vida urbana, em seu esplendor e decadência.

Partindo da ideia de ocupar este espaço central da cidade, que pelo menos duas vezes por dia vive a neurose do rush, quando as pessoas incham as ruas num deslocamento incessante e travadamente apressado, Mingau de Concreto foi criado para intervir ludicamente neste fluxo caótico. Ocupando o espaço dos calçadões, os atores chegam como pessoas comuns e aí mesmo iniciam a composição dos seus personagens, construídos a partir de figuras que são típicas deste universo do centro de São Paulo: bêbados, malandros, travestis, migrantes, meninos de rua, grã-finos decadentes, autoridades, religiosos e também a gente comum que por aí tem de transitar. Familiarizado com a linguagem dos artistas de rua, a quem o espetáculo homenageia na sua forma, o público compõe-se em círculo, formando a famosa “roda de curiosos”, que aos poucos vai reconhecendo a realidade da qual se trata e divertindo-se com ela.

FICHA TÉCNICA
Texto: Lino Rojas
Direção: Marcelo Palmares e Paulo Carvalho Jr.
Trilha Sonora, cenografia e figurino: Pombas Urbanas
Sonoplasta: Cláudio Pavão
Elenco: Adriano Mauriz, Paulo Carvalho Jr., Juliana Flory, Marcelo Palmares, Marcos Kaju, Ricardo Big, Natali Santos, Thabata Letícia